VFNO 2015 - o Outfit e as emoções (boas e más)
Ontem foi A noite da moda. E não só a do nosso país. A de 23 países em simultâneo, os que ao longo dos anos têm aderido, à Vogue Fashion Night Out.
Saem à rua todas as gerações, ouve-se música em cada canto, multiplicam-se os brindes e as promoções, os famosos misturam-se com os anónimos, os fashion adicts vestem-se a rigor e pronto... é um orgulho fazer parte dela.
Além disso... e apesar do muito e intenso trabalho (umas cansativas mas felizes 6 horas de set non stop...), senti-me uma princesa fashion ;)
Vestido e colar de penas: Tendências Store
Sapatos : Zara
Cabelos: Studio Rdv by Ronny Kasta
Make up: Tânia Carvalho para L'oreal Paris
Unhas e Pestanas: HN Portugal
Como dj já em várias edições, assumo que esta tem sido uma das noites emblemáticas da minha carreira. E explico-vos porquê...
Porque mistura tudo o que gosto, me dá prazer. Porque posso passar exatamente o género de música que gosto (para quem não entende muito o que se passa neste meio e profissão, acreditem que não são muitas as vezes que temos liberdade criativa total), num ambiente requintado (desta vez toquei num espaço maravilhoso e cheio de design a cada cantinho dos seus 3 andares, o Roca Lisboa Gallery), porque me posso vestir a rigor e apreciar todo este momento de afago de auto estima, que é tão bem vindo de vez em quando( o penteado, a make up, a escolha da roupa certa ), porque toco cedo ( entre as 7 e a meia noite e finito... nada de noitadas até às 6 da matina) e ainda porque sim... todo o público dança ao meu som (e olhem que, este ano, quase criei uma espécie de pista de Discoteca, frente, à montra do meu spot na Avenida da Liberdade)... inclusivé.... a minha família, alguns amigos e... o mais importante e tudo.. os meus filhos. Orgulhosos e animados.
Aproveito para abordar este assunto. Sim, não podia deixar de o fazer, até porque no meio de tudo tão perfeito, foi a única coisa que me incomodou efetivamente e porque este meu blog trata os assuntos da maternidade e deles não posso nem quero fugir...
Ora bem,enquanto tocava sempre com aquela energia que me é carateristica ( acreditem que às vezes nem eu sei onde a tenho escondida ahhaa... acabo por me surpeender a mim mesma muitas vezes com a resistência e força anímica)... e logo um pouco depois dos meus babies têm aparecido para me ver , acompanhados pela minha doce família (avós, bisavó, pai e tias...)... o Afonsinho quis vir ter comigo à montra onde eu estava a atuar. Saltou para uma banqueta e começou a dançar ( esteve ali tipo.. sei lá... uns 10 minutos talvez).
O Hugo, aproxima-se de mim e sussura : "Amor, cuidado, é melhor que o Afonso não esteja aí, já ouvi vários comentários menos bons lá fora...". Comentários? Hummm... Pensei eu, mas que raio? Sim..." Olha... aquela até traz o filho para aqui, que vergonha"... acho que disseram duas ou três críticas e más linguas que por ali passavam. Algumas delas também com crianças pela mão, o que se torna ainda mais irónico e incongruente.
Eram 9 e meia da noite, de uma noite especial e muito pontual (a maioria dos eventos não são próprios, obviamente, para miúdos) e o meu "dancarino" e o maior fã da Mamã dj artista, não se conteve e pulou para perto de mim. Outro espírito de artista, a forma-se ali, parece-me a mim... E então? Será que as crianças dessa senhoras maldizentes não dançam e cantam no meio dos serões familiares? Claro que sim. A diferença aqui... é que por acaso a mãe deste pequeno artista tem os olhos sobre si e atua para uma largo número de pessoas. E é a essa realidade a que os meus filhos se vão ambientando e habituando. Daí ser, portanto, também para ele natural, dancar e pular ao meu lado. Virado para o público, no seu misto de entusiasmo e vergonha.
Há mesmo tanta gente má onda neste nosso país, gente que aponta o dedo por apontar, que te mete " no mesmo saco de todos os famosos" supostamente negligentes (e já esse ponto de partida tem muito que se lhe diga, enfim...), que te julga como Mãe e educadora, sem saber puto quais são os teus limites, os teus princípios, os teus cuidados com os filhos e com a própria família. E mais ainda, que não tolera que alguém só porque "aparece" seja uma Mulher e Mãe com Ms grandes e que tenha uma profissão que saia do tradicional, com visibilidade, horários diferentes (e só Deus sabe o esforço que faz para conciliar tudo com a harmonia possível) e... ainda seja feliz com isso e com o orgulho que os seus pequenos pirralhos têm de si...
A Matita, mais reservada e (ontem) com mais sono, não é tanto "destas coisas" e ficou no seu cantinho, ao colo do pai. Ou será talvez pela a idade ainda, a ver vamos.. Mas, pergunto-me eu porque raio, tendo eu a plena noção de que os meus filhos têm a educação adequada às suas necessidades e idades (hoje eram 9 horas da manhã e estavam ambos na escolinha, depois de 9 horas de sono... e porque foi dia de festa!) não lhe(s) darei o gosto, que também tanto me agrada de os deixar estar comigo um bocadinho " no meu escritório"?... Sim, se este é o meu trabalho, este é o meu escritório, certo? Será que assim, poderão essas "velhas do restelo" perceber que há formas de estar na vida diferentes do "chapa 5" em que os princípios de responsabilidade, cuidado e amor à família podem ser tantos ou maiores do que as pessoas com profissões ditas "normais"?
Bem, injustiças à parte, a noite foi um must, essa é que é essa! Em tudo. Até pela possibilidade da presença dos meus, durante um pedacinho da noite. Adorei a onda, o público que por lá foi passando ( e parando... para a minha "discoteca improvisada" como ouvi, ainda há pouco, orgulhosamente falarem do "meu spot" no telejornal da RTP), o meu look e o miminhos dos muitos fãns que foram aparecendo e tirando milhares de fotos!
E que venha... a VFNO do próximo ano. I cant wait... ahhh... e o Afonso Luz, também não ;)