Acredito quem me viu ontem, pelos corredores do Ikea de Loures a meio da tarde, de lágrimas a cairem pelo rosto e a conter os gemidos, me deve ter achado mesmo louca varrida ou a passar-me "sabe-se lá porquê"... enfim... digo-o agora, porque agora, depois de tudo ter acontecido, me lembro de alguns olhares reprovadores, de curiosidade mórbida e alguns até meio gozões... (Shame on you!!) Mas sinceramente na altura, durante 10, 15 minutos (que me pareceram uma hora), estava a borrifar-me efetivamente para isso. Ontem, passei (quase) pelo pior pesadelo de uma mãe. A esses, aos que podem ter visto, aqui fica a explicação. Aos que não, a alerta...
A mudança está feita, mas as arrumações da casa e os pormenores de decoração continuam a ser ultimados. E todos estamos envolvidos e entusiasmados com isso, até os miúdos, que adoram vir às grandes superfícies "escolher coisas" connosco. No IKEA, então é uma maravilha. Adoram petiscar, almoçar, estar na zona das crianças a brincar e "esconder-se" nos itens expostos para gáudio das crianças e para pânico dos pais. Principalmente para pais de miúdos da idade do meu Afonso que adora brincar às escondida seja onde for, por mais que eu lhe explique que ao fazê-lo, principalmente na rua me está a pregar grandes sustos...
E assim foi. Pleno domingo. Ikea cheio. De adultos e com muitas crianças por todo o lado. Ouviam-se muitos miúdos cansados e em birra, os nossos felizmente estavam bem. Ora dentro do carrinho, ora um empurrava o outro, ora às nossas cavalitas. No fundo, nós, os pais, apesar de estarmos de olho nos móveis a comprar, também estavámos a passar um momento fixe em família. Fomos aos cachorros e aos gelados, eles brincavam com os divertimentos infantis que em muitas das secções por que passávamos. A verdade é que o Ikea está feito para famílias e esses spots dão muito jeito para os entreter uns minutos e depois voltar ao "circuito" a seguir.
Carrinho já cheio. Voltámos à secção de criança. A minha mãe liga-me, eu atendo e vou falando enquanto caminho, o Afonso está ao meu lado e entra num quatro infantil ( de princesa, tipo a imitar um castelo). O Hugo vem atrás com a Matilde. Eu olho para os ver e confirmar que estão no nosso encalce.
Desligo o telefone e, 2 segundos depois... "Afonso?? Afonso??? Afonso onde estás!!? Hugo, viste o Afonso? Procura aí desse lado! espera vou ver aqui aos túneis e baloiços! Afonso!! Nada... Espera, vamos só ali ver dentro dos armários, não vá ele ter-se escondido como adora... Afonsinho!! Luz!! Onde estás!?.. Nada? Hugo!! Agarra na Matita... vai, procura. Vamos cada um para seu lado. Sim...vê debaixo das camas.. Afonso?? Afonso Luz! Não te escondas... Vá Hugo, esquece o carrinho. Deixa-o aí. Vamos cada um para seu lado..."
Um minuto de procura ainda tudo minimamente tranquilo até surgir a aflição, que não tardou. Olhava à volta e via milhares de crianças. Cada uma que gritava " mamã!!" eu achava que era ele. Mas não era. O meu coração começou a bater mais forte. Uma senhora, que brincava com a filha, apercebeu-se, perguntou-me como ele era e disse-me que há coisa de 3 minutos estava a brincar ali na zona dos baloiços, que o tinha visto. Mas agora não... Começo a caminhar mais rápido e sobressalatada a ver em tudo o que era armário, baú... nos peluches..
Uma funcionária vem ter comigo e pergunta-me como é que estava vestido, carateristicas, nome, diz que vai avisar todos os funcionários e segurança.. eu começo a perceber que pode ser sério, que pode ser real. Eu peço-lhe que não faça "estrilho, espalhafato", sempre me ensinaram que no caso de desaparecimento de uma criança nunca se deve avisar a viva voz, pois se algum pedófilo ou sequestrador andar perto, vai ficar atento a uma criança com essa descrição e torná-la um alvo fácil. Ela prometeu-me que não.
Ao longe, via o Hugo, a dar passos largos, quase a correr de secção em secção com a Matita ao colo que não percebia nada. Estava já tão em pânico que me contou, depois, que chegou à escada rolante e parou-a, no botão de emergência, deixando todos boqueabertos... A funcionária, deu o aviso a nível interno e eu, que já o procurava fora da zona das crianças que (achava eu) já tinha passado a pente fino, oiço nos altifalantes do espaço: " atenção a todos os colaboradores!! Código #"@!% na zona criança. Todos a postos::". E pronto. Foi aí. Era real. Estava a ser dado um alerta...
Foi aí que se me foram as maneiras, a cerimónia perante as pessoas e o meu estado de nervos transpareceu para fora e foi aí que um bom largo número de pessoas me deve ter visto a chorar, a tremer e a gemer enquanto tipo barata tonta, olhava para todos os lados, acotovelando alguns clientes para conseguir passar mais rápido. Foram os 10 minutos mais compridos da minha vida. Passei por um espelho e vi a minha imagem de relance. Cara muito vermelha e lágrimas que mesmo a tentarem ser evitadas, me escorriam cara abaixo.
De repente, a rapariga que tinha dado o alerta faz-me um sinal. aponta para o fundo da sala... e lá vem um senhor (por sinal fantástico e atencioso, ainda me levou a beber água para me acalmar) com o Afonso pela mão, ambos tranquilos com o ar mais normal do mundo... que, segundo ele.... esteve o tempo todo a brincar dentro de um castelo, escondido dos "guerreiros que vieram das masmorras da princesa", o tal quarto onde ele tinha desaparecido, por sinal.
Pensei em zangar-me mas não consegui, nem tive forças. Tentei conter ainda as lágrimas mas achei que ele tinha que sentir o que se tinha passado e agarrei-o, sentei-o, com calma numa mesa alta, agarrei-me a ele e disse-lhe: " eu não me vou zangar, mas vê como a mamã ficou nervosa e aflita por achar que tinhas desaparecido, por pensar que te podiam ter roubado...Afonso, precisas de perceber que há pessoas más, que procuram os meninos em sítios assim com muitas crianças, e que as levam das famílias delas.. entendes? E a mãe julgou que isso tinha acontecido... tens que me avisar se fores brincar ou esconder-te...Podes perder-te... por favor...A mãe imaginou que podias já não estar na parte das crianças e estar atabalhoado e assustado aqui neste shopping tão grande e confuso... amor... que grande aperto no coração da mãe..."
Abraço-me, viu-se que ficou melindrado, mas depois disse: "Ó mamã, eu não deixo que essas pessoas me levem, eu sou um Super Herói e consigo fugir do colo delas"... fiquei desarmada, tentei explicar-lhe de novo, mas não sei se com efeito se não. Sei que ele me sentiu triste e me pediu desculpa. Não sei se fará de novo. O pior é que é um comportamento tão normal nas crianças...
Ao longe o Hugo viu-nos, chegou e abraçámo-nos todos, ainda a tremer. Parecia um filme, meu Deus...E os putos na boa...
A vida (e as compras) continuaram a sua normalidade, não valia mais a pena manter os miúdos sobre aquela pressão, mas eu durante mais de uma hora ainda me senti sem forças. A adrenalina e medo foram tais que deixaram o meu corpo e mente exaustos. E o meu Amor por aquele carocolinho ainda aumentou mais nas horas seguintes e devo ter sido aquela mãe chata que não pára de agarrar, cheirar e dar beijinhos. Só eu sei ( e quem é mãe) a sensação que estes momentos nos fazem viver. é nestas alturas que tudo nos passa pela cabeça, que imaginamos que afinal os dramas podem não acontecer "só aos outros", que podemos virar estória de telejornal assim num ápice.
Passou, mas a até a escrever esta descrição me arrepio ainda e cairam-me umas lágrimas ao reviver os momentos.
Agradeço à equipa do Ikea loures, especialmente à rapariga que se apercebeu de tudo e acionou o alerta e ao senhor que me trouxe o meu Luz pela mão, a quem sinceramenete não tive tempo nem cabeça para agradecer convenientemente. Sabem que no momento, nem nos lembramos desses pormenores, nem sei sequer os nomes deles. No entanto, aqui fica expresso que achei que, a acontecer uma situação horrível destas, de um eventual desaparecimneto de uma criança, me pareceram muito eficazes e preocupados. Graças a Deus, acabou tudo em bem. Graças a Deus, estou aqui a contar esta história e não outra..
Os sustos servem para nos mostrar as prioridades, a minha é sem dúvida os meus meninos, nada há que seja mais importante. Aqui expresso a minha sentida solidariedade a quem perdeu algum filho, seja de que forma for. É sem dúvida o pior pesadelo de sempre...
E pronto.. ano novo, vida nova! Para mim e para os meus filhotes ;)
Recomeço o ano a voltar para o clube de coração, o Holmes Place e desta vez, a organizar-me ( vocês nem imaginam como está cheio de cores e atividades o meu "Goggle Calendar"...) para que os meus miúdos também comecem a frequentar regularmente o clube e a criar rotinas de exercício e sociabilização ( A Matita ainda fará, só para já, o familly swimming, nadar em família, para ver como corre).
O Afonso Luz fez ontem a adaptação ao meio aquático e esta semana já fará a segunda aulinha. E se, já andava com esta ideia há algum tempo, então depois de ler com atenção o que os especialistas do Holmes Place têm a dizer sobre a matéria, fiquei ainda mais certa de que a natação era mais do que certeira nesta fase da vida do meu peixinho ( que, apesar de se fazer um valente, tem medo da piscina " sem pé" que se pela..).
Ora tomem atenção, Mamãs e Papás:
Ir para a Natação = Aumentar a Segurança das crianças.
CRIANÇAS E NATAÇÃO, UMA DECISÃO QUE PODE FAZER A DIFERENÇA.
“O afogamento é responsável por meio milhão de mortes por ano, em todo o mundo, continuando a ser a 2ª causa de morte acidental nas crianças, ultrapassada apenas, pelos acidentes rodoviários (Unicef, 2001). Todos os anos, na Europa, morrem 5.000 crianças e jovens até aos 19 anos, vítimas de afogamento (OMS, 2008). Em Portugal, entre 2002 e 2008, 144 crianças e jovens morreram na sequência de um afogamento (APSI, 2009, 2010). O Perfil e o Relatório de Avaliação sobre Segurança Infantil em Portugal, publicados pela European Child Safety Alliance, confirmam que a prevenção de afogamentos continua a ser uma área de intervenção prioritária em Portugal (ECSA, 2009).” (APSI Associação para promoção de Segurança Infantil, estudo realizado entre 2002 e 2010).
A prática de natação promove benefícios em qualquer faixa etária, sendo particularmente recomendável para as crianças na medida em que influencia o seu desenvolvimento futuro em vários domínios:
1. Benefícios emocionais: nadar desde os 6 meses permite que os bebés se desloquem de forma autónoma muito mais cedo comparativamente ao que conseguem fazer em terra firme e influencia os seus níveis confiança e auto-estima. A ligação pais e filhos é fortalecida nesta fase de aprendizagem.
2. Benefícios sociais: a interação com o outro é favorecida desde bebé – nesta fase são os próprios pais a promover a interação social - ou após os 4 anos, em que a criança já interage com as diferentes personalidades que co-habitam no mesmo meio aquático e que partilham os mesmos gostos.
3. Benefícios Físicos: aumento de força, de tónus muscular, de resistência e de capacidade pulmonar são alguns dos benefícios físicos nas crianças de qualquer faixa etária ou até mesmo nos adultos.
4. Segurança Pessoal: com tempo, prática e capacidade de desenvolvimento, as crianças adquirem as técnicas de segurança necessárias para as ajudar numa emergência dentro de água. Uma criança calma, que se sente à vontade dentro de água e que pratica com regularidade as medidas de segurança com os pais, não entra em pânico e tem capacidade para pôr em prática as técnicas que aprendeu. No entanto, devemos ter em atenção que nenhuma criança é “à prova de afogamento”, e a vigilância deve ser constante.
IR PARA A NATAÇÃO = AUMENTAR A SEGURANÇA
Não há nenhum método de natação que garanta que o seu filho não se afogue, mas ao aprender a nadar a probabilidade de se colocar em segurança numa situação sem vigilância, aumenta em larga escala.
A aprendizagem deve ser contínua e assídua. Deve ser ajustada às diferentes faixas etárias permitindo a aquisição de técnicas e habilidades motoras que capacitem as crianças para se colocarem em segurança perante eventuais situações de perigo:
• Dos 6 aos 12 meses o bebé faz um bloqueio automático da respiração (reflexo da laringe ou através do reflexo facial)
• Dos 12 aos 24 meses o bebé deve conseguir, através da propulsão, regressar à parte lateral da piscina.
• Dos 24 aos 36 meses o bebé deve consolidar a propulsão no meio aquático e aprender a levantar a cabeça para conseguir respirar.
• A partir dos 4 anos o “pequeno nadador” deve aprender técnicas de flutuação e aumentar a sua capacidade de propulsão
• A partir dos 5/6 Anos deve aprender as técnicas inerentes ao ensino da natação bem como dominar a “skill” de rodar o corpo de posição ventral para dorsal e manter-se em flutuação.
A interação entre pais e filhos é fundamental para aumentar a confiança entre as partes.
No caso de estarmos perante crianças destemidas e aventureiras, características que os pais não conseguem controlar, os riscos aumentam em caso de afogamento. No entanto, se estiverem familiarizadas com meio aquático os mecanismos adquiridos nas aulas de natação podem salvar-lhes a vida.
LEMBRE-SE …. ALGUNS SEGUNDOS PODEM SALVAR UMA VIDA...
e por isto tudo... a partir desta semana os meus filhotes andam na natação!!! Querem ir acompanhando? Sim... eu vou-vos deixando a par de como vão correndo as aulas, combinado?
Venha ter uma experiência gratuita de natação nos nossos clubes(exceto Holmes Place 5 de Outubro). Para usufruir da experiência, preencha o formulário abaixo.
Há uns dias atrás a Matilde caiu.. mas caiu, tipo assim coisa valente.
Estavamos num shopping com pouca gente e connosco, estava também o Hugo, o Afonso Luz e a minha avó Nor. O Afonso brincava saltidando de sofá em sofá, aqueles que há nas pracetas de alguns centros comerciais e era, basicamente nele que eu estava focada. Mais nele até, do que na Matita, porque ali naqueles saltos e equilibrismos nos braços das cadeiras é que eu estava a adivinhar um tombo...
Bastaram uns segundos para a marota da Matilde começar a subir as escadas, olhei mas não liguei muito. Ela anda à descoberta. A aprender com o seu corpo, a entusiasmar-se com cada movimento e desafio superado. E naquele dia, era a escadaria. A minha avó estava lá, por isso... achei que estava tudo seguro (sabem aquele pensamento de mãe que nem é bem pensamento é só tipo, um esgueirar de olho, para ver se está tudo livre de perigo??Pronto, foi isso..).
Ela sobe um degrau, dois, três, quatro. Eu refilo com o Afonso e digo: "olha que ainda cais!" ... Não caiu ele.. Mas caiu ela. E caiu em silêncio. Só vi de soslaio, mas o que vi assustou-me imenso. Umas cambalhotas tortas e quase em câmara lenta desde o quinto degrau, até ao chão frio de azuleijo. Toda torta, toda desamparada e quase, quase bateu com a cabeça nos degraus, que por milagre parece que se "abriram" atrás para deixar passar a sua cabecinha entre as esquinas deles...
Um pânico instantâneo no meu âmago animal de Mãe instalou-se num segundo. Vi-a ainda a cair desamparada e um barulho seco do bater das costas fez eco em mim(acho que foi isso mesmo que a safou). Corri a agarrá-la (no fundo, não foi bem uma corrida, foram 3 passos...). Ela choramingou... mas aparentemente nada se passou para ela. Eu é que tremia como vara verde.
Tentei perceber o que se tinha passado. Então, eu estava aqui tão perto e estou sempre tão atenta aos dois... Então a avó Nor estava a dois passos da baby... "Então... e a avó Nor não fez nada? Nem lhe alcançou a mão!", pensei eu toda nervosa e revoltada... Pois. Pois não, na altura não me ocorreu mas percebi depois, mais calma que a avó tem os reflexos de uma velhinha de 86 anos... e que não tem força para apanhar uma bebé de 13 quilos, nem a rapidez que nós temos para se aperceber que a queda estava a acontecer. No fundo... eu é que achei que ela estando "ali", a Bebé estava bem...
Erro meu. Esse. O de estar a achar que o Afonso ia cair e não olhar um minuto para ela, o de delegar funções quando só eu é que tenho que cuidar dos meus filhos... sim, sei que pode ser um exagero pensar assim, mas foi inevitável senti-lo. E assim passei rapidamente a culpa do pouco apoio da avó para as minhas costas largas de Mãe... que apesar de não ter culpa efetivamente... me sentia com ela, porque .. "Mãe é Mãe e tem que estar em todo o lado"..
O episódio acabou por não correr mal, o susto passou rápido (aos outros..) mas eu fiquei ainda tanto tempo a pensar nisso (ou não estaria a escrever sobre o tema...). Principalmente a pensar como somos nós, impotentes, perante um acidente. Como a culpa deve afetar quem se vê envolvido numa situação de acidente com um filho. O pior pesadelo pode acontecer na situação mais estúpida, num simples momento de desatenção (nosso... e de Deus). Que sensação estranha e que me deixou a tremer por fora e por dentro.
Depois de alguns dias a matutar no assunto (uma sensação também sublinhada, assumo, pelas mediáticas mortes do filho da Judite de Sousa e de 3 crianças num acidente de moto-quatro) cheguei à conclusão de que a atenção e as medidas de segurança são, como é claro, importantes, mas o destino pode ser lixado... Acho que quando tem que acontecer, acontece, quando não... lá nos conseguimos safar e aos nossos.
Não há muitas razões para que uma queda aparatosa daquelas não tivesse deixado um arranhão e a minha catraia se tenha assustado menos que com muitos tropeções. Tal como, às vezes, não há também muitas razões para que uma criança se engasgue e sufoque, seja atropelada, mordida por um cão, se afogue ou... seja roubada por um desconhecido... Ai que horror de pensamentos... e nem os digo em voz alta, só os registo aqui porque sei, que quem é Mãe de coração e mão cheia... pensa nisso tanto como eu.
Sorte? O que é isso?? Basicamente a palavra mágica. A energia que queremos atrair, a a direção que esperamos que todos estes precauços de vida tenham como destino final. E pronto é isto.. cabeça de Mãe, não pára. Pois não?...
E ter Sorte é... basicamente... acreditar que se tem sorte!! Não acham? Não há mais nada a fazer... E depois, seja o que Deus e o Destino quiserem...
Não era uma "estela galática" daquelas que se reconhecem nos 4 cantos do mundo, alguns provavelmente nem saberão à partida de quem falo, mas Peaches Geldof era, para além de apresentadora, um recente ícone de estilo em terras Britânicas, principalmente depois de ter "sobrevivido" a uma adolescência problemática e depois da maternidade a ter tornado uma "outra" mulher cheia de estilo, alegria e adepta de um estilo de vida saudável.
Eu, seguia-a, curiosamente, no instagram. Mãe estilosa, trendy, moderna e... real apesar de figura pública, era giro conhecer o seu dia a dia, que no fundo, até se parecia muito com o que eu vivo. Profissões parecidas, bebés de 1 e 2 anos e meio... ainda me chocou mais por esta "proximidade" virtual, de "onda" e de vivências parecidas;(
Sempre viveu sob a alçada da imprensa, era modelo, fashionista, ex-colunista da “Elle” inglesa, filha de Bob Geldof e Paula Yates e irmã de Pixie, figura também conhecida no mundo da moda.
(aqui, uma foto com a Mãe Paula, quando tinha a idade do seu filhote mais velho:)
Peaches tinha 25 anos e deixa dois filhos, de 1 e 2 anos, frutos de seu casamento com o roqueiro Thomas Cohen. E "assim" se acaba uma vida que estava ainda agora a começar. Sim, porque ser Mãe, para ela, como para tantas de nós, lhe estava a abrir novos caminhos, a apresentar novas e únicas experiências, a mostrar que a vida são também e principalmente "Eles", mais do que tudo o que passamos ter vivido antes. Que pena...
Após uma perícia inconclusiva sobre as circunstâncias da morte da apresentadora de 25 anos Peaches Geldof, o jornal inglês The Sun divulgou nesta sexta-feira (10) que a socialite pode ter falecido ao lado do filho, Phaedra, de apenas 11 meses.
E basicamente é esta a razão desta minha crónica.
A sua morte é triste, mas como tantas outras. O facto de ser Mãe de dois bebés com idades próximas dos meus ainda me tocou mais, mas o fato, a ser verdade, que morreu ao lado de um deles, torna, para mim, esta descrição de morte um verdadeiro pesadelo. E acredito que para qualquer uma de vocês.
A última coisa que deveria acontecer a uma mãe. Morrer ao lado de um filho adulto, é uma coisa, até apaziguador, acho. É a lei da vida e uma pessoa de 20, 30, 40 anos, já consegue digerir esta tristeza e até poderá fazer algum sentido.
Mas uma criança? Um bebé?? Todas sentimos, que é suposto protege-los, estão sobre nossa alçada mesmo por isso, era suposto sermos o seu conforto e porto de abrigo certo... E esta morte vai fazer parte da História deste pequeno ser. Vai marcá-lo para sempre. Será justo?
A informação divulgada é de que uma vizinha teria encontrado o corpo de Peaches ao lado de Phaedra, que brincava junto à mãe. "Phaedra estava ao seu lado o tempo todo, mesmo quando ela estava "dormindo". Pelo menos há o conforto de saber que ela não estava sozinha quando morreu", declarou uma fonte da publicação.
Peaches teria sido encontrada pela vizinha pois após inúmeras tentativas de contatar a esposa ao telefone, o músico Thomas Cohen, marido da apresentadora, teria pedido a ela para que fosse verificar se estava tudo bem com Peaches e o bebê.
Ainda de acordo com a publicação, a vizinha lamentou a morte de Peaches e falou sobre o pequenino: "Ele (o bebê) é tão pequeno que esperamos que ele não vá se lembrar de nada. O mais importante é que ele está bem. É devastador para Tom não ter estado ali, mas não poderia ter evitado".
Sim... tudo isto é real.
Mas tudo isto é também o pior pesadelo de qualquer mulher. Pensem nisso. Não é??
A não terem sido efetivamente drogas - e se assim o for toda esta homenagem ficará em águas de bacalhau, porque não equaciono, em situação alguma, uma Mãe drogar-se com os filhos por perto- (uns especulam-no, devido à mãe de Peaches, ter morrido de uma overdose quando ela tinha 11 anos, mas a maioria e até as entidades competentes dizem não ter encontrado qualquer substância ilícita no seu organismo, outros a uma dieta rigorosa feita à base de líquidos), sim... mas, ok, a não terem sido drogas, nem quero imaginar o que terá sido o momento final daquela jovem mulher, ao sentir-se mal (não sabemos bem como), estando com o seu bebé ao lado e não ter tempo nem reação para o proteger do que estava a acontecer...
Nem quero imaginar ou consigo compreender muito bem, como uma Mãe nova, bonita, aparentemente saudável, se vai assim, sem lhe ser permitido pelo Universo que a levou.. vir a vivênciar de perto, acompanhar o crescimento dos seus pequenos infantes... sem protegê-los deste momento assustador e avassalador (mesmo sem ele se ter apercebido por ser pequeno demais).
Ainda ontem, nem a propósito, falei neste tema ao meu marido. Algo que não apetece verbalizar, mas que uma estranha situação destas e com a visibilidade que está a ter, trouxe à tona e me está a revolucionar os sentimentos. Nunca queremos imaginar que vamos "faltar" aos nossos filhos. Mas a vida é uma roleta russa... E se!? "E se um dia eu desaparecer e eles forem pequeninos!?"...
Quanto a esta linda Menina-Mãe, só desejo que descanse em paz e que, se assim for o "depois" que acompanhe com Amor os seus filhos de lomge, como se estivesse perto... mas sei lá. Estou confusa, triste e imagino que a todas as famílias podem acontecer desgraças destas. Que karma, a de algumas. Que tristeza, que medo (ainda por cima, porque agora depois da sua morte surgem história mesmo mesmo assustadoras. Como ESTA AQUI...)
Quem me acompanha não só pelo blog mas também pelos facebook quer Pessoal quer da Barriga Mendinha, sabe que tenho andado com o coração nas mãos com o meu pai internado no Hospital. Foi uma entrada de urgência, com uma septicémia muito grave em que me disseram..."prepare-se para o pior". Depois uma cirurgia em que perdeu tanto sangue que parecia impossível repor... seguiram-se dias dolorosos nos cuidados intensivos e agora... pouco a pouco, quase miraculosamente... já estamos em fase calminha de recuperação e fora de perigo.
Não dei muitos detalhes, até porque de chatices e pormenores sórdidos já está o mundo cheio, mas não deixei de partilhar um ou outro desabafo, uma ou outra foto do hospital, tendo em conta que esta minha comunidade virtual me vai acompanhando mais ou menos em tudo e é muito difícil esconder com posts mais ou menos "chapa 5", a tristeza e preocupação que me iam cá dentro do peito...
Muitos criticam o Fb e as redes sociais por aparentemente se moverem por amigos virtuais e que em nada acrescentam à tua "vida real", a não ser um afagar de ego e uma tentativa de esconder algumas solidões. Eu concordo, obviamente em alguns pontos e dependendo da forma de utilização e das motivações que se têm para estar on line, acredito que muitas vezes tudo não passa de "bluff". Mas nem sempre.
Quantas vezes, fico triste com uns likes (ou dislikes) postos ao acaso de pessoas que sabes que se estão a borrifar para ti, quantas vezes, alguns comentários despropositados me entristecem e me fazem ver uma sociedade dura, egoísta, preconceituosa, de gente que cara a cara não consegue "vomitar" o que descarrega na net... Mas a verdade é que aqui, com a doença do meu pai senti conforto... E por isso vos agradeço.
Deixem-me explicar-vos.
Eu sei que vivemos todos a mil e alguns de nós temos até relações mais virtuais do que reais (se querem que vos diga isso não me incomoda tanto assim, porque os meus amigos "olho no olho" continuam a existir, a telefonar, a jantar e a passear comigo... o resto é um simpático aproximar de pessoas com empatia e até de gente com a qual não contactariamos de outra forma), mas também sei que as "futilidades", polémicas, humor, imagens chocantes... são o que mais suscita comentários, Likes e afins. Por isso, me senti tão bem ao perceber a quantidade de gente amiga, conhecida, seguidora, fã, amiga de amigo... que tirou o seu minuto para escrever, desejar as melhoras, deixar-nos uma palavra de força.
Acreditem que eu, que "sou toda das Energias", acho que isso "nos" ajudou. Ok, ok???!!! Energia através do computador!?? Qual quê! Energia positiva das pessoas. Sim, todos têm uma vida a mil, todos se preocupam com o seu "umbigo"... mas se num segundo que seja, as 300, 400, 500 pessoas que puseram um "gosto" no meu curto texto que falava da recuperação do meu pai, que quase nos deixou... e de repente começou a recuperar, sim se nem que tenha sido por um segundo, todas elas emanaram a Energia que precisava para me sentir confiante, isso ajudou sim!
É bom saber, que mesmo sem o conhecerem, se aperceberam, deste tão especial Amor que lhe tenho e... "Likaram", e me ofereçam palavras de conforto e lhe mandaram beijinhos e abraços... e eu, que, como vivo muito na rede, nem sempre consigo comentar tudo o que se passa ou dirigir-me a todos os que me abordam de uma ou de outra forma... aqui, nesta situação, não vi como se esquivar a agradecer-vos a Todos sem exepção.
Também para mim o tempo é curto, também faço um scroll rotineiro e rápido na cronologia dos meus amigos virtuais e sem dúvida que só paro para escrever algo, quando essa pessoa me diz mesmo algo ou o tema me toca particularmente. As horas urgem, a sociedade vive a correr, a preocupação com os outros é escassa, porque todos andam "na luta"...
Mas o agradecimento é o melhor tempo que se pode "perder". Porque não se perde. Ganha-se. Em gratidão, em sorrisos, em simpatia, em verdade, em amigos, em reconhecimento. E ganha-se um pedacinho mais do Mundo.
Só que passa "por elas", por um susto assim sabe do que estive e estou ainda a sentir. Tudo parece ficar para segundo plano. Muitas vezes, um desfecho infeliz é inevitável e temos que nos preparar para ele, é a lei da vida... mas a verdade é que quando a ciência, a força, a vontade de viver...e... a Energia Positiva se conjugam... há que agradecer a todas essas condicionantes e ao Universo.
Sim, porque acredito agora (depois de uma semana e meia de tensão e aflição) que o Avô Mário ainda vai andar aí um bom tempo a curtir os seus netinhos, a "azucrinar" a minha cabeça e a da minha mana... a ter ideias estapafúrdias... e a "pegar a vida pelos cornos" lol... Esta analogia veio-me agora à mente... porque ouvi várias vezes os médicos dizerem: "Este homem é um touro" ... sim, tudo o que o podia ter levado de nós, foi até agora ultrapassado.
Agora, cá estamos. Eu que já "tinha pouco que fazer"... agora tenho mais esta preocupação. Ele ainda está no hospital onde o visito diáriamente e terei, quando ele sair (não sei se numa semana se num mês) de tratar de todas as deligências para que se sinta digno e confortável na sua recuperação.
Mas sabem que mais? É nestas alturas que percebemos na realidade o que significa "Amor incondicional"... É isto. Mesmo que seja difícil, mesmo que me leve horas a outras coisas, mesmo que me aborreçam algumas rotinas do dia-a-dia que irei passar a ter, mesmo que o sistema de saúde (ai o sistema....) me dificulte a vida, onde devia facilitar... mesmo assim: Ainda bem que o meu pai está cá para isso tudo. E a verdade é que, se já gostava muito da sua companhia, agora irei com certeza, depois deste susto, dar muito mais valor a cada pedacinho passado com ele.
Sabe o que adoro? Vê-lo a brincar com os meus filhos! E é nessa imagem que me centro quando penso nas suas melhoras.
Todos os meninos e meninas deviam ter avós presentes, brincalhões, amigos e atentos. E os meus.... vão continuar a ter! Obrigada avô e Pai Mário pela tua luta pela vida, apesar de sabermos que a dita vida não ter sido muito simpática para ti nos últimos tempos... Mas tudo muda. E para que isso aconteça... precisamos do quê? O.p.o.r.t.u.n.i.d.a.d.e....Só isso... E eis que ela está aqui!!
2- Psico-killer da Matilde ( vejam lá se não tenho razão ?... ri--me tanto com esta foto...)
... E foi neste ambiente intenso e Carnavalesco que vivi toda esta 6a feira. Entre um dragão que às vezes virava dinossauro “ mau, muito mauuuuu “ ( acho que ele não se decidia o que queria ser, mas “ mau” era sempre... ) e uma pseudo Joaninha com ar de meter medo ao susto .
Fomos ao desfile de máscaras do “ Rei Bebé” ... e eles não nos fizeram “ a folha “ lá... Acho que tivémos sorte ... é que o olhar destes dois nesta foto... ui ui...
Isto não é o Halloween filhos... isto é o Carnaval pá! Um sorrisinho aqui para a máquina da mamã!?.. Não?.. humm... Não?!... Está bem ...