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Barriga Mendinha

Barriga Mendinha

13.03.17

Semana de excessos alimentares e a forma de voltar aos eixos

Barriga Mendinha

Quem me acompanha, conhece o meu Amor ( sim cada passo que dou a mais nestas descobertas, mais utilizo a palavra Amor para definir este caminho...) pela alimentação natural, funcional, saudável. Sabem que me desdobro em tempo e em  ideias para conseguir estruturar jantares  e "marmitas" apelativos/as para a família e para o paladar e que ao mesmo tempo  sejam nutricionalmente equilibrados e se coadunem com a forma ética de viver e olhar o mundo. Mas, mas... nem sempre sou perfeita nas escolhas e algumas vezes (re)caio em asneiras alimentares. E é aqui, que hoje se centra o meu texto.

 

Porque uma das coisas que mais me incomoda como seguidora (que também o sou de muitos projetos e pessoas) é perceber que mesmo, os mais "certinhos", não podem ser tão perfeitos que não comentam facadinhas (ou facadonas), excessos alimentares, erros gastronómicos na dieta. Nem tudo pode ser sempre tão saudavel e perfeito, meu Deus! Todos somos meros mortais, temos desejos, vontades loucas de goluseimas, açucares e pocessafdos ( que nos viciam como o caraças...), de alimentos e formas culinárias (os fritos, por exemplo) que sabemos não preservar a nossa saúde. E não o mostrar  em público, só acaba por levar os tais seguidores, a sentir-se pior quando fazem as tais asneiras, porque "ela" ou "ele" ( o nosso ícone do Instagram, dos vídes do Youtube ou do blog "saudável-fashion-tendy-maravilha") nunca cairia na "tentação"... Mentira, minha gente! Mentira! Toda a gente cai em tentação. Eu caio... e acredito, que ao assumi-lo perante vocês, só vos poderá fazer sentir melhor a mim mesma, como os ajudará a não a se sentirem culpabilizadas/os pelas vossas valentes asneiradas. Não podemos ( ou não devemos) é arrastar estes momentosdurante muito tempo, senão torna-se mais difícil recomeçar tudo de novo.

 

Bem, culpa culpa... eu também a sinto. E muita. Nada a ver com o que pensam ou dizem. Tudo a ver com o que eu sinto e com o caminho que quero escolher. Mas, ok. As perdições alimentares são muitas, as solicitações e influências externas (amigos, família, festas, companheiro) muito "desviantes" e claro... que quando resvalo, fico mesmo irritada comigo mesma, não ha volta a dar e acreditem, que tenho que controlar alguns ímpetos destrutivos como " ok, já fiz tanta asneira, já não interessa nada ir ao ginásio neste estado" ou " ingeri tantas porcaria que não vale já a pena o esforço de comprar comida boa ou ter o trabalho de fazer mais uma refeição saudável, para quê? Se já descarrilei de novo?...". Mas claro que vale a pena. Vale sempre. Tenha sido uma refeição ou uma semana de estragos, mesmo que emocionalmente me vá abaixo, tenha receio  e vergonha das bocas que mandam (parece que as pessoas estão sempre desejosas de apontar o dedo e encontrar falhas em quem quer melhorar a sua alimentação, já repararam?), que sinta que engordei ou sinta o meu organismo "intoxicado" (acreditem que quanto mais como "clean", mais sinto isso quando o empanturro de coisas "más").

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E chegamos ao fulcro da questão. Esta semana que passou, fartei-me de fazer asneiras. Apesar de sim.. em casa continuar a cozinhar os meus legumes, os meus cereais integrais e as minhas proteínas vegetais... estes últimos dias tiveram o dia da Mulher com almoço e jantar regados a vinho ( mas que tão bem me souberam também pelos mimos e companhia... e isso às vezes pode valer mais que tudo o resto...), onde comi natas, queijo e batatas fritas (tudo o que nos dias normais vou tentado evitar), depois na 6a feira, sushizada, com cerveja e gelado, e ainda o aniversário de uma amiga, onde o Gin foi rei e senhor. No fim de semana, influênciada pelo "diabo" acabei por comer um Croissant cheio de açucar e cafés a mais.... Oh My God! Numa semana fiz de tudo. Tudo do que considero ser completamente disparado. Mas fiz, olha e agora tenho que o resolver.

 

Hoje, 2a feira, acordei muito mal dormida (A Matilde veio para a minha cama e passou a noite aos pontapés, até me mandar literalmente a dormir fora, indo eu para a cama dela, toda torta..) e muito "depré" mesmo... Não me apetecia ir ao ginásio ( como se já não valesse a pena), mesmo tendo umas papas maravilhosas de trigo sarraceno, arroz integral e millet feitas, optei por ir à Padaria comer um pão com queijo, um sumo ( super ácido aaagrrhhh) e café e estava mesmo triste comigo mesma.

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Mas decidi dar a volta. Primeiro, agarrei-me ao computador e ao decidir ser realista, verdadeira e sem " não me toques que me desafinas", foi quase uma catarse que me fez olhar para a verdade, além de que  estar mais uma vez, próximas das minhas "imperfeitas" mas fantásticas seguidoras ( como eu mesma sou!),deixar cair o pano e mostrar-vos que deste lado, nada é perfeito,me faz sentir "Mais Eu". O que existe, deste lado é a certeza de que sei qual o caminho que quero seguir  ( o que já não é mau...) e que não me posso autoflagelar com estes afastamentos da estrada em que quero caminhar. A vida é feita destas coisas, não é?...

 

Depois, vesti a roupa do ginásio. Já tinha ido levar os miúdos à escola vestida com "roupa normal" e ao voltar a casa e colocar o soutien de desporto e os leggins vai-me ajudar a ser empurrada para o meu Fitness Hut ( muitas vezes não apetece, assumo, mas depois de lá estar, agradeço à força de vontade que tive, porque saio de lá revigorada).

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E agora, por fim, fui fazer uma grande  sopa de miso e puz-me a roer uma ameixa Umeboshi. Esta última, compra-se nas lojas de produtos naturais e é muito usada na macrobiótica porque a sua  fermentação equivale a uma pré-digestão dos alimentos, que os transforma em substâncias de assimilação mais fácil e ajudar muito na desentoxicação. É muito forte, num misto de àcido, doce, salgado, sei lá eu.. lol... mas faz bem que se farta. Os umeboshi são ameixas fermentadas em sal marinho durante mais de dois anos. Têm propriedades medicinais  indubitáveis: alcaliniza o sangue, tem efeitos antibióticos e antisépticos, previne a fadiga atrasa o envelhecimento. Deverá ser utilizada em caso de falta de apetite, diarreia, obstipação, intoxicação, náuseas, resfriados e gripes.Também existe em vinagre do umeboshi  e pasta é ideal para temperos, molhos e condimentos (está classificada dentro dos condimentos salgados tais como o sal, miso, molho de soja ou soyo), mas comê-la assim, uma de vez em quando, é que é top, acreditem!

 

A sopa de Miso é tipo "a canjinha" dos macrobióticos ou vegans mais cuidadosos. 

A pasta de miso resulta da fermentação de : soja, cevada ou arroz. É rico em cálcio, aminoácidos essenciais, vitaminas do complexo B e enzimas.

É tido como uma óptima forma de reequilibrar o organismo, sendo desintoxicante e depurativo e por isso, ideal depois de uma semana de asneiradas.

Está neste momnento ao lume e, neste caso tem também cebola, alga wakamé, cogumelos shaetake, abóbora, cebolinho e gengibre (também se pode por outro género de cogumelos, coentros, tofu, massinha...) . Vai ser "O passo" para voltar a entrar nos eixos e sentir-me bem comigo mesma.

 

Querem saber como se faz? So simple... and so god... E com ela, vou deixar para trás este "intervalo" que fiz nas "comidinhas do bem" e voltar ao "trilho da verdade". Sim, ser inconstante só faz de nós mais humanos. Mas , se acreditarmos que estamos no caminho certo, mesmo ao fazer umas asneiradas, desitir, não é opção, isso é que não...

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SOPA DE MISO BÁSICA

Ingredientes

Miso de cevada (uma colher de sobremesa por taça de sopa)
1 cebola
1/4 de abóbora hokkaido pequena
1 tira de 3 cm de alga wakamé (demolhar 10 min.)
1 raiz de 3 cm de gengibre
Cebolinho

Modo de preparação

  1. Comece por demolhar a alga wakamé, durante cerca de dez minutos. Depois corte em pedaços pequenos e reserve;
  2. Coloque numa panela a água necessária para a quantidade de sopa que pretende obter e adicione a abóbora e a cebola cortada em cubos pequenos. Deixe cozinhar até ferver e adicione a alga wakamé;
  3. Ponha o miso numa taça, retire um pouco da água a ferver para essa taça e dissolva o miso suavemente;
  4. Acrescente o miso já dissolvido à sopa. Assim que começar a borbulhar (menos de um minuto), apague o lume;
  5. Rale o gengibre e esprema o sumo da polpa diretamente na sopa;
  6. Sirva com cebolinho picado.