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Barriga Mendinha

Barriga Mendinha

09.01.13

A feira solidária da APCD e a nossa "forcinha"...

Barriga Mendinha

A minha tarde de ontem foi passada junto de Amigos.

Mas não foi a tomar um café ou a “deitar conversa fora”... Foi passada na nova “casa” de uma associação pela qual o Zé Manel  (ex-“Fingertips”, atual “Darko” ) dá a cara e, depois de me “dar uma ensaboadela solidária”, explicando o porquê de se sentir ligado a esta causa, me abriu os olhos e o coração a algo... que achamos que só acontece aos outros ...




Entrevistei-o então, a propósito da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas e registei alguns dos momentos desta feira solidária, onde cada um de nós doou uma peça para ser vendida no meio de tantas outras que já lá existem e cuja venda irá reverter para a Associação em causa.





O que é a APCD?

A APCD é uma IPSS que visa apoiar as famílias de crianças desaparecidas, acompanhando jurídica e psicologicamente todo o processo consequente do desaparecimento e as próprias crianças, após a sua localização.
Por outro lado, a equipa aposta muito na prevenção primária, na mudança de mentalidades e procedimentos no que diz respeito à investigação de casos de crianças desaparecidas, abusadas e exploradas sexualmente.

Como e quando surgiu a tua envolvência no projeto? 

A APCD foi uma ideia de alguém que me é muito próximo e que hoje preside à direcção da instituição, a Patrícia Cipriano.
Quando ela começou a contactar os pais das crianças para se organizarem em prol desta causa, eu tive a oportunidade de contactar de perto com a Filomena Teixeira (mãe do desaparecido Rui Pedro) e tal encontro acabou por facilmente despertar em mim um desejo inquestionável de poder colocar a minha arte ao serviço de tais motivações.

Conheces alguém que tenha passado pela desesperante situação do desaparecimento de uma criança?

Sim. Acredito que só nesse momento tomamos total consciência da força que esta temática carrega consigo e de tudo o que dela é consequente.


O que é, no fundo, esta nova "casa" da associação que abriu em Lisboa? Como funciona?
A APCD começou por ter o primeiro cantinho em São Pedro do Sul, onde funciona a filial Centro/Norte.
A sede sempre foi em Lisboa, mas era uma sede emprestada por uma empresa e não podíamos lá trabalhar, apenas receber correspondência e fazer assembleias gerais ou reuniões.
A Direcção da APCD estabeleceu como meta conseguir ter uma verdadeira sede em Lisboa, porque é aqui que há mais casos de desaparecimento.
Por outro lado, teremos também serviços de apoio a qualquer pessoa que se dirija á instituição, nomeadamente ao nível da terapia familiar, do acompanhamento jurídico ao nível do direito de família e menores, da psicoterapia.
Lisboa é uma cidade onde moram 4 milhões de pessoas e a APCD não pode ficar indiferente a este facto.


Quem pode ter apoios e quais são?
Os apoios às famílias de crianças desaparecidas, a crianças abusadas ou sexualmente exploradas e crianças localizadas após desaparecimento, são de carácter jurídico e psicológico.


O que fazes tu na APCD?
Eu sou voluntário da APCD, como tal, faço o que é preciso com espírito de missão e de serviço.
Na instituição há uma cultura de polivalência e grande humildade.
Vou dar-te um exemplo: Quando fazemos feiras de solidariedade, desde a Presidente à senhora da limpeza, todos agarram no batente e carregam e descarregam.Todavia, por inerência da minha exposição pública, tenho ajudado a APCD a ser mais conhecida das pessoas e dos meios de comunicação social.
Faço concertos para eles, já doei cachets e direitos de autor, mas acima de tudo sou um dos responsáveis pela comunicação com alguns públicos-alvo.
Faço também acções de sensibilização em escolas com os técnicos.

Alguma mensagem? 
Cultivemos o sentido de família de outros tempos. Fomentemos uma relação de maior confiança, respeito e partilha entre país e filhos, educadores e alunos. Regressemos a uma comunicação real e dissequemos o fosso social que certas tecnologias acabam por criar entre seres humanos. Cuidemos do que é nosso com amor.


      Eu e o Zé Manel com Luís Garcia (protagonista da 9ªa série dos Morangos com Açúcar) e Joana Vieira (atriz e apresentadora)


Sandra Pereira, vencedora da última edição dos Ídolos, com o livro que doou.



A vendinha... A Associação...



                                                           Sandra Pereira e Zé Manel


   Agir (músico e filho de Paulo Carvalho e Helena Isabel) e Andrea (a voz de "Selfish Love" de Pedro Casanova)


Algumas "pechinchas" e oportunidades que encontrei por lá. Um dois em um... ajudar e encontrar umas peças vintage bem engraçadas e únicas

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