Praga - Parte 1 - o primeiro impacto
Agora que já estou há 3 dias por Praga, que apesar de não ser uma cidade enorme... tem tanto e tanto para ver e se viver... começam neste post as primeiras emoções. Vamos lá!? As grandes emoções que começaram com o raiar do dia de segunda feira, onde às 6 da matina, apanhámos um autocarro de Budapeste (Húngria) para a República Checa.
A vantagem para um viajante, nesta zona da Europa central é que fácilmente se pode meter num Bus e viajar para muitos países, que distam entre 5, a 10 horas de viagem. E foi essa um pouco a minha ideia ao viajar para esta zona. Essa viagem durou 7 horas, 6 e meia das quais fui a dormir ( vinha exausta da noite anterior e... meia hora estive a ver a série Friends numa tv muito porreira que todas as traseiras dos bancos têm. "Camioneta??" disseram-me alguns...."Jamais viajar assim"... pois, deixem-me que vos diga, então, que são super confortáveis e paguei... por 500 quilómetros de viagem a módica quantia de 20 euros. nada mau hãmm?
Chegadas a Praga (eu, a minha irmã e a nossa amiga), foi só apanhar o metro até ao centro..et voilá!.. (Re) começar a aventura! Tive muita sorte com o tempo no primeiro dia. Segundo me constou aí em Portugal chovia e "ventanava" a potes e aqui estava um calor estranho (tipo antecipação de trevoada) mas que deu muito jeito para andar, primeiro a transportar malas e depois, para seguir logo para uma voltinha na cidade.
Não sei se muita gente sabe mas para além do Mendes eu ( e a mana, claro) temos, pela parte da Mãe, o apelido Petra-Viana.. daí que sempre que um nome similar aparece onde quer que seja, é uma enorme excitação para nós. Esta era uma estação de metro, a que foi o nosso ponto de partida para a primeira jantarada (num Mexicano, por sinal...) em Praga.
No dia seguinte, começámos cedo a jornada e, de novo, depois de pesquisar na net a Free Tour com os horários mais apelativos e que visitasse as zonas da cidade que desejávamos (já vos expliquei noutro post que, no final pagamos de acordo com a satisfação, possibilidades monetárias e vontade de casa um e além disso os guias deste género de tour são quase atores no cenário da cidade que representam, tão bons e sui generis costumam ser) ... lá nos juntámos a esse grupo.
Aqui ficam as minhas primeiras impressões de uma cidade que agora ( já 5 dias depois cá estar) me cativou por completo. Não nos esqueçamos que minha irmã está aqui a viver e que conhece muitos locais o que faz com que a minha viagem esteja a ser mais do que puramente turística, estando também a conseguir experienciar um pouco da vida normal dos locais da cidade. No entanto... locais emblemáticos, por mais turísticos que sejam, têm que ser visitados, anyway... Faz parte. E sim... tenho "picado o ponto" em quase todos. E andado quilómetros a pé.... nem imaginam...
Na Cidade onde Frank Kafka viveu e escreveu toda a sua obra, a herança de monumentos espantosos e únicos (quase todos datados da época medieval), misturados com praças, avenidas e locais maravilhosamente enquadrados e uma história tão rica e tão interessante que fui conhecendo mais a fundo cada dia, faz dela um local mágico. Mesmo. Nunca pensei que fosse gostar tanto, assumo. Era uma cidade.. onde viveria, quem sabe:) Avenidas largas, um rio maravilhoso, gente de vários países que estuda ou trabalha nesta capital europeia...muitos, imensos jardins...
O maior e mais completo relógio astronómico (Astronomical Clock) é de uma beleza e complexidade espantosas e ... a cada hora que passa um verdadeiro espetáculo para os turistas acontece quando ao tocar de hora a hora, os símbolos "dançam", o galo "cocoroa" e o ponteiro mexe! É a loucura na praça ahaha... até em demasia diria eu, mas não deixa de ser giro :)
O nosso Guia, chamava-se Tijo e para além de quilos de informação, ainda nos porporcionou enormes gargalhadas com a sua forma peculiar de transmitir a História destas gentes e sítios!!
Num edifício com a sua reconstrução inacabada, celebra-se a honra dos Checos, que durante a segunda guerra Mundial conseguiram sobreviver e manter intacta grande parte da cidade. Foi decidida não se fazer a reconstrução como forma simbólica de nunca se esquecerem do que aconteceu e da sua importância para os seu povo.
Praga é uma cidade onde o Cubismo, movimento artístico do início do século XX ( Picasso, Cézanne entre outros) está muito vincado e também na arquitetura, como em poucos outros países. Este é um exemplo:
Aqui, na República Checa também se come "goulash" mas muio diferente do que tinhamos experimentado na Húngria, que era uma espécie de sopa. Aqui é uma carne estufada muito tenra, servida com pedaços de pão a que chamam dumplings e um molho espesso e saboroso. Ah e claro... cerveja, sempre cerveja... ou não fosse este o país no mundo onde mais se bebe desta bebida ( e álcool no gera) per capita...
O bairro Judeu ( este bairro dava por si só para fazer um post inteiro, mas sobre ele falarei depois):
No Ballet House... nota-se não??
Um mercadinho de rua da cidade. Há muitos a espreitar a cada esquina...
O Rio Vltava ( aforma como se diz em Checo) ou Moldava (para nós, portugueses), visto da margem da cidade velha.
E para acabar o dia, fora de tours e coisas turísticas, eis que fui surpreendida com uma viagem de metro até aos arredores da cidade onde uma série de amigas da minha irmã tinham ido fazer um piquenique. O parque Vysehrad, que tem uma das vistas mais bonitas sobre a cidade e onde enconntrámos dois mosteiros , fora do circuito "oficial" e turístico, que são de cair o queixo. Ainda ouvimos aí um concero de orgão e vimos o pôr do sol sobre o rio e as suas 8 pontes. Que maravilha, só vos digo.. Valeram a pena todos os 1296789000 passos que dei até lá chegar ( pufff... ainda há pouco comentava que se dentro das nossas próprias cidades andássemos tanto como quando vimos viajar, ninguém precisava de dietas ou ginásios..)