A Maria João foi mãe de uma menina permatura e apesar dela já ser grandinha e “matulona” e de a sua saúde ser hoje de ferro, assume que foi das experiências mais marcantes da sua vida. Por isso, convidei-a para escrever sobre o assunto e partilhar connosco os medos, angústias e procuras de explicação de uma mãe de um “bebé-ratinho”.
“Ninguém está preparado para ter um filho prematuro. Mas o que é efectivamente um prematuro? Geralmente a gravidez, considerada normal, é entre a 38ª e a 42ªsemanas. Quando os bebés nascem antes das 38 semanas então estamos a falar de um bebé prematuro ou de pré-termo. A característica principal do prematuro é a imaturidade do seu organismo sendo mais vulnerável a adoecer, principalmente os bebés com peso inferior a 1500g.
No fundo, o que pode levar a que o bebé nasça prematuro? Podem ser várias as origens.
No meu caso concreto foi pré-eclampsia. Em linguagem médica quer dizer: "Presença de valores elevados da pressão arterial, edemas (inchaço) nas pernas e albumina na urina. Na maioria dos casos, o primeiro dado que nos leva ao seu diagnóstico são os valores aumentados da pressão arterial – acima ou igual a 140/90 mmHg (habitualmente refere-se 14/9). Estas alterações da pressão arterial, podem acompanhar-se de complicações com alguma gravidade tais como, parto antes do tempo determinado, hemorragias vaginais graves por descolamento da placenta, hemorragias cerebrais, estado geral de colapso circulatório designado de choque ou, inclusivamente, morte fetal e/ou materna.”
Causas: Não se consegui, até hoje, apurar a origem desta patologia. No entanto é extremamente grave, quer para a mãe, quer para o bebé, podendo levar à morte de ambos.
Preparada para uma gravidez normal, enxoval do bebé todo arrumado para nascer em meados de Agosto, eis quando se dá o alerta, em meados de Junho, na ecografia de rotina, que o bebé não estava a crescer.
Nasce um bebé com 1,690kg e com 34 semanas e 6 dias.
E agora? Ninguém prepara uma mãe para receber um bebé de pré-termo. Não é fácil. No próximo mês vou contar-vos mais sobre a experiência de ser mãe de prematuro."
Por: Maria João Rosado
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